Pimentinha é o apelido de Ana Pimenta. Ela é filha do açougueiro Pedro Paulo Pimenta e da frentista Joana Penha Pimenta.
Sábado passado foi a feira de cultural lá na escola e a Ana ficou meses procurando algo que pudesse ser a sua maior apresentação de 3ᵃ série. Ela pediu ajuda ao carpinteiro que sugeriu que ela fizesse uma miniatura dos móveis de sua casa usando palitos de sorvete. Pimentinha achou interessante, mas a Pati já fez esse trabalho no ano passado.
Resolveu pedir ajuda à vizinha Rosalina, que é vendedora na loja de sapatos do Sr. André. Dona Lina, como chama a Pimentinha, deu uma dúzia de caixas de sapato para a menina, que definitivamente não teve ideia nenhuma.
Joaquim, o confeiteiro a ensinou a decorar um bolo de aniversário com frutas e confeitos, mas Pimentinha ficou preocupada com a prima Luciana, que poderia comer seu trabalho todinho antes mesmo de colocá-lo em exposição.
Chamou, então, a Lucineide que é a zeladora da escola que colocou o apelido em Ana. É ela que fica rindo das histórias malucas inventadas pela pequena durante os recreios. Entre as mordidas no pão com requeijão e os goles de suco de cenoura com laranja, que a mãe da Pimentinha prepara para o lanche, sai cada caso tão maluco que deixa a Lu até sem fôlego de tanto rir. Pois bem, a tia Lu disse com carinho:
- Você é tão criativa que vai conseguir achar uma atração sensacional.
Foi essa palavra sensacional que fez a Pimentinha lembrar-se de uns truques que estava treinando em sua casa.
A professora Dona Flor – seu nome verdadeiro era Rosa Dália de Crisântemo – o apelido vocês já devem saber o porquê- decidiu fazer uns cartazes para convidar a todos do bairro para visitar a feira. Cada criança tinha que fazer um desenho de sua apresentação e colocar um título chamativo.
O cartaz de pimentinha assim dizia: